sábado, 17 de setembro de 2011

Poesias Liricas

Chama-se lírica a poesia que fala sobre sentimentos e emoções. Recebeu este nome, porque os poemas eram cantados ao som da lira na Antiga Grécia. Alguns exemplos de poesias líricas:

*Poesias líricas em forma de acróstico que no sentido vertical formam o nome de pessoa ou uma frase ou apenas uma palavra.
Menina
Menina de serenos olhos,
Amiga daqueles que te rodeiam.
Refletes nas tuas perfeitas feições
Todo o puro, verdadeiro e sincero
Amor de tua alma-criança.

Festejo cada encontro nosso,
Recolho cada palavra de carinho,
Imagino cada emoção sentida...
Elevo o pensamento aos céus,
Depois da cada dia vivido,
Respeitosamente pedindo a tua felicidade.
Impresso na foto está o teu rosto sorridente
Colocado no porta-retrato da mente,
Habituando-me eu, assim, à tua presença.

Busco compreender os vôos inquietos da tua fantasia,
Riqueza permitida apenas ao mundo-criança.
Agrada-me saber que tens sonhos
Unicamente, porque aqueces os corações
Neles penetrando com a força de teu carinho
Mardilê Friedrich Fabre
*EPITÁFIO, em geral, são versos escritos em túmulos para homenagear pessoas ali sepultadas, mas figuradamente podem ser dirigidos a outros seres.

Aqui jaz o Sol

Que criou a aurora
E deu luz ao dia
E apascentou a tarde

O mágico pastor
De mãos luminosas
Que fecundou as rosas
E as despetalou.

Aqui jaz o Sol
O andrógino meigo
E violento, que

Possuiu a forma
De todas as mulheres
E morreu no mar.

Vinicius de Morais
*SONETO, pequena composição lirica poética composta de 14 versos, com número variável de sílabas, sendo o mais freqüente o decassílabo, e cujo último verso (dito chave de ouro) concentra em si a idéia principal do poema ou deve encerrá-lo de maneira a encantar ou surpreender o leitor.
Rua dos Cataventos I

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
verde!... e que leves, lindas filigranas
desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
vai colorindo as horas quotidianas

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...
E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!

Mário Quintana



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